Você sabia que nos estudos ecológicos, a associação entre fatores ambientais ou socioeconômicos e determinantes de leptospirose, por exemplo, pode ser influenciada pela escala geográfica?
A descoberta foi feita por um grupo de pesquisadores da Fiocruz – Renata Gracie, Christovam Barcellos e Mônica Magalhães, do Laboratório de Informação em Saúde (Lis), do Icict, e Reinaldo Souza-Santos e Paulo Barrocas, ambos da ENSP (ENSP), que analisaram os dados do número de casos de leptospirose (doença causada principalmente pela urina do rato) no Brasil, no período de 1999-2011, com a utilização da escala geográfica.
Os pesquisadores constataram que os resultados de fatores de risco para leptospirose eram influenciados pelo período (endêmicos ou epidêmicos), pelo meio ambiente (se rural ou urbano) e pela escala geográfica (global, regional e local). Renata Gracie, autora do artigo, acredita que “esta foi a primeira vez que se analisou o tema com enfoque para a leptospirose”. O estudo foi realizado tomando por base os dados de Jacarepaguá, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Renata explica que “o artigo é para chamar a atenção de outros pesquisadores e, principalmente, dos gestores que tomam decisões baseadas em diagnóstico de situação de risco à saúde, que a escala de análise tem influência importante nas análises espaciais para detecção de risco”.
O estudo – Geographical Scale Effects on the Analysis of Leptospirosis Determinants – feito em parceria com pesquisadores do Icict e da ENSP, foi publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health.
Leia a entrevista com Renata Gracie e acesse o artigo, clicando aqui
http://www.icict.fiocruz.br/content/artigo-in%C3%A9dito-sobre-escala-geogr%C3%A1fica-aponta-novos-rumos-para-pesquisas
Entrevista com:
Seja o primeiro a comentar