Resumo: Desde a institucionalização da saúde coletiva, dos movimentos pela redemocratização e pela Reforma Sanitária até os dias atuais, transformações importantes ocorreram na sociedade brasileira e no mundo. Nas últimas décadas, as ciências sociais vêm buscando acompanhar essas transformações e desenvolver a reflexão sobre seus impactos. No campo da saúde coletiva brasileira, as chamadas ‘ciências sociais e humanas em saúde’ refletem essa dinâmica, introduzindo novos objetos de estudo e abordagens, assimilando também inovações oriundas da teoria social. O presente ensaio propõe uma releitura da trajetória das ‘ciências sociais em saúde’ no Brasil e as mudanças verificadas em sua produção desde os estudos pioneiros do campo até os dias atuais, no bojo do processo da institucionalização da saúde coletiva como área de conhecimento especializada. Busca-se identificar desafios e perspectivas para o desenvolvimento da subárea considerando as transformações que afetam a problemática sanitária nas sociedades contemporâneas. Reconhecendo a contribuição das ciências sociais em saúde para a compreensão dos processos saúde-doença e das políticas de saúde, argumenta-se que as transformações sociais recentes requerem um investimento intelectual renovado, capaz de contemplar as novas dinâmicas sócio-políticas e a produção social dos riscos, bem como trazer aportes mais adequados à formulação de respostas governamentais no setor saúde.
Palavras-chave: Ciências sociais; Saúde pública; Determinantes Sociais da Saúde
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Fonte: Ribeiro Patricia Tavares, Castro Leonardo. Ciências sociais em saúde: perspectivas e desafios para a saúde coletiva. Saúde debate [Internet]. 2019 [acesso 2020 Ago 01] ; 43( spe7 ): 165-178. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042019001200165&lng=pt. Epub 13-Jul-2020. https://doi.org/10.1590/0103-11042019s713.
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