Conferência Magna “Nordeste: Desenvolvimento recente desafios para o futuro”

Logo após a abertura do evento, foi transmitida ao vivo pelos portais DSS Brasil e DSS Nordeste a Conferência Magna “Nordeste: Desenvolvimento recente e desafios para o futuro”, com Tânia Bacelar de Araújo. Ela destacou que o padrão de crescimento brasileiro beneficiou a região Nordeste, que, em determinados casos, chegou a superar a média de avanço do país. “A elevação da renda estimulou o consumo e associamos isso ao crédito. Como deu certo combinar a elevação de renda com juros tão altos? Isso dinamizou a economia. Quando o consumo teve estímulo, o Brasil cresceu”, apontou ela. “O Nordeste acompanhou o Brasil no dinamismo do consumo e seu crescimento na região tem ficado acima da média do país”, destacou.

Tânia situa que, além da alta na média de consumo, outro fator cooperou para o avanço econômico do Nordeste: sua capacidade de atrair o investimento . “Também cresceu o investimento na região. O Nordeste atraiu empresas que vieram para os locais onde existia o consumo dinâmico e as companhias daqui também se sentiram estimuladas”, exemplificou. Ainda segundo ela, no período entre 2007 e 2010, a região representava 13% da economia nacional e obteve 27% do investimento produtivo. “O fato de trazer investimento para a indústria foi importante, inclusive para setores como o petroquímico, de montadoras, fármacos, siderurgia, papel e celulose, que praticamente não tinham presença no tecido industrial do Nordeste”, disse ela.

Sobre os desafios de estimular, evoluir e manter o crescimento Tânia lembrou a necessidade do equilíbrio. “Estamos em uma fase pós-crise 2008, que cria dificuldades para manter o ritmo dos avanços. Um dos problemas é a inflação e há desvalorização da moeda e alta do preço dos alimentos. Há uma tensão mundial neste setor”, citou. Para ela, além de manter e estabilizar o crescimento e os investimentos é necessário dinamizar a economia das cidades médias, investir em transporte público e saneamento básico, bem como no potencial turístico da região.

Tânia é mestre e doutora em Economia Pública pela Université de Paris I – Panthéon-Sorbonne (1979). Exerceu vários cargos públicos e atualmente é professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Veja aqui os dados mostrados por ela.

 

*Por Jaqueline Pimentel

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