O último capítulo do relatório da Comissão da OMS sobre DSS enfatiza a necessidade de um movimento internacional para promover e sustentar uma mudança substantiva na maneira como se enfrentam os DSS globais e nacionais visando à equidade em saúde entre os países e em seu interior.
A capacidade científica e tecnológica atualmente existente tem um enorme potencial para responder a novas e antigas necessidades de saúde, contribuindo para uma melhoria da situação de saúde dos diversos grupos da população. Entretanto, o investimento em C&T está mais concentrado que o próprio investimento em saúde. Como resultado, a maior parte dos investimentos em pesquisa se concentra nos problemas de saúde dos países mais desenvolvidos e as conquistas tecnológicas acabam sendo custosas e inacessíveis para a maior parte dos países.
A cooperação internacional, a ação dos países, das empresas, das organizações da sociedade civil e dos organismos internacionais é fundamental para facilitar o acesso às tecnologias de eficácia comprovada que possam melhorar a vida das pessoas e reduzir as diferenças inaceitáveis na situação de saúde e acesso aos serviços.
A ação sobre os determinantes globais da saúde, tais como a regulação do comércio internacional, dos fluxos financeiros, da propriedade intelectual de bens sanitários, da proteção do meio ambiente exige novas formas de organização e de atuação das instituições de governança global.
Espera-se que a discussão sobre este tema permita identificar mecanismos concretos de cooperação técnica e financeira com o objetivo de:
– Alcançar metas de equidade global mobilizando recursos e conhecimentos para diminuir as diferenças entre países,
– Estimular a cooperação técnica entre países,
– Aprofundar a articulação entre os organismos multilaterais para enfrentar problemas complexos com projetos transversais comuns;
– Promover a crescente participação da sociedade civil nos organismos internacionais.
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