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A Sra. considera que a CMDSS alcançou seu objetivo de avançar na definição de estratégias de combate às iniquidades em saúde através da ação sobre os DSS? O que mereceria destaque a esse respeito?
Considero que a CMDSS alcançou seu objetivo no que se refere à definição de estratégias de combate às iniquidades em saúde. Neste sentido, cabe destacar o processo de construção coletiva da Declaração da Conferência, que, embora não tenha um caráter vinculante pode significar uma ferramenta política sumamente importante para gerar processos estratégicos nos países.
A construção deste espaço de reflexão e discussão demonstrou que embora existam diferenças de distinta índole entre nossos países, também se percebe o despertar de uma consciência coletiva com relação às iniquidades que afetam a saúde, o que trouxe sabedoria, energia e harmonia para conseguir um documento que responda às necessidades de cada país, sem perder de vista o objetivo prioritário: combater as iniquidades em saúde atuando sobre os determinantes sociais.
Que providências de curto e médio prazo os países membros deveriam adotar para por em prática os compromissos assumidos nesta Conferência?
Em primeiro lugar, é fundamental, a difusão da Declaração da Conferência, sensibilizando aos distintos setores da sociedade. Em segundo lugar, estimular o desenho de planos de ação articulados, identificando as áreas prioritárias que podem ser abordadas para combater com maior efetividade as iniquidades em saúde.
Um aspecto fundamental que contribuirá para o alcance de resultados efetivos é contar com uma base de dados fidedigna com a desagregação necessária para refletir as distintas realidades que se podem identificar em um país ou região.
Quais são as principais mudanças nas atividades de cooperação técnica que deveriam ser adotadas pela OMS e outros organismos internacionais para apoiar os países na implantação de planos e programas nacionais de combate às iniquidades em saúde?
A principal mudança nas atividades de cooperação técnica deveria centrar-se em evitar o desenvolvimento de planos e programas independentes e, ao contrário, lograr um enfoque estratégico desde a perspectiva dos Determinantes Sociais da Saúde. Neste sentido, a OMS deveria assumir a liderança para orientar e mobilizar outros organismos internacionais com relação a estes planos e programas. Isto requer partir de um diagnóstico em nível de país onde se identifiquem as áreas com maiores iniquidades e a partir disto, desenhar planos e programas sinérgicos como resposta às necessidades identificadas.
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