Durante o discurso de abertura na Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde, Margareth Chan, Diretora Geral da OMS, agradeceu a hospitalidade do governo brasileiro. Em suas palavras, ela deu destaque a globalização, citando-a como um elemento que poderia servir para tirar as pessoas da pobreza, o que segundo expõe, não ocorreu. “Todos nós conhecemos a realidade. A globalização cria benefícios, agora, não há regras que possam assegurar a distribuição justa desses benefícios”, situou.
Chan ressaltou ainda o fator histórico a cerca da realização do evento. “É adequado que esta CMDSS se realize no Brasil, e eu gostaria de lembrá-los que 2011 é o 25º aniversário da Carta de Otawa, que representa uma virada na visão da saúde como a promoção de bem estar e responsabilidade de governos”, recordou.
A Diretora Geral da OMS prosseguiu lembrando a relação entre política e economia, no alicerce das ações de promoção da saúde. “Uma igualdade social maior, deverá ser um imperativo econômico e político para que haja um mundo mais seguro. Então, a saúde pública está muito bem posicionada para melhorar a igualdade, na medida em que os serviços sociais sejam dados de acordo com os valores, princípios e abordagens como ocorre aqui no Brasil”, exemplificou ela.
Ela alertou para a questão das doenças não transmissíveis, exemplificando a obesidade como algo crescente e um indicativo para a criação de políticas de atenção. “Colocar políticas no seu lugar, é um desafio imenso, estabelecendo e reforçando a promoção da saúde. O interesse do mundo agora é estar lutando com a prevalência cada vez maior de doenças, problemas como a obesidade, em crianças, sobretudo, que é algo que está evoluindo mais rápido até do que na população adulta”, alertou.
Confira a íntegra do discurso de Margareth Chan:
Referência Bibliográfica
Sessão de Abertura (Parte 3) Dia 19/10/2011 – Conferência Mundial sobre DSS [vídeo]. [acesso em 28 nov 2011]. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=EP-l6nSOpn4
Entrevista com:
Concordo plenamente com a fala de Margareth Chan. Não estamos preparados para as consequências da globalização na Saúde Pública. Temos que trabalhar para alcançarmos a meta de promover a saúde, fazer da prevenção o objetivo maior.