Governo Federal lança plano de enfrentamento à microcefalia

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O Brasil está em alerta. Até 28 de novembro, 1.248 crianças nasceram com suspeita de microcefalia em todo o país, problema grave de formação que prejudica o desenvolvimento das crianças e que está sendo relacionado ao vírus Zika. Para conter o avanço dos casos, o Governo Federal declarou situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e lançou, no dia 5 de dezembro, no Recife (PE), o Plano Nacional de Enfrentamento ao problema. Vários ministérios e órgãos do Governo Federal, em parceria com estados e municípios, estão mobilizados. A maioria dos casos suspeitos (1.219) foi registrada no Nordeste segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Pernambuco é o estado com mais registros (646).

O plano nacional de enfrentamento à microcefalia é dividido em três eixos: Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika, da dengue e da chikungunya; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, o combate ao Aedes aegypti é fundamental para o controle do surto de microcefalia que está ocorrendo no país. Uma campanha nacional chama a atenção da população para importância da sua participação na eliminação dos focos do mosquito transmissor das três doenças.

A execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia envolve representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública (PM e Bombeiros), Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas. Para reforçar a orientação à população sobre o combate ao mosquito nas residências, estão sendo realizadas mobilizações com agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, além da participação da população. Para esse controle do vetor, o Governo Federal vai adquirir e disponibilizar equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas e garantir a compra dos insumos. As Forças Armadas e a Defesa Civil vão dar apoio logístico para transporte e distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde. Os dois órgãos também vão atuar em visitas a residências para eliminação e controle do vetor, além de mobilizações de prevenção como mutirões. Serão habilitados, ainda, profissionais de saúde das maternidades para triagem auditiva neonatal e dos 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública Estaduais para realização de exame para identificação do vírus Zika.

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Grávidas

A partir dos casos identificados em Pernambuco, estão sendo realizadas investigações epidemiológicas de campo como revisão de prontuários e outros registros de atendimento médico da gestante e do recém-nascido. Também estão sendo feitas entrevistas com as mães por meio de questionário. Os casos suspeitos seguem para investigação laboratorial e exames de imagem como a tomografia computadorizada de crânio. Pelo relatado dos casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. Mas o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.

Neste momento, a recomendação é que as gestantes não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar, independente do destino ou motivo. .

Para garantir o cuidado adequado às gestantes e bebês, o Ministério da Saúde está disponibilizando, a todos os profissionais de saúde, o Protocolo e Diretrizes Clínicas para o atendimento da microcefalia.  Também está ampliando a cobertura de tomografias e apoiando a criação de centrais regionais de agendamento dos exames. Para tratar dos bebês com a malformação, está prevista a ampliação do atendimento do plano Viver sem Limite, que é voltado à pessoa com deficiência, com a implantação de 89 novos centros de reabilitação, além dos 125 já existentes. Profissionais da Atenção Básica e os profissionais do Programa Mais Médicos também serão envolvidos nas ações de promoção, prevenção e assistência aos pacientes. A Rede Cegonha vai fortalecer a atenção para gestantes e crianças. Mais de 4 milhões de Cadernetas da Gestante – com orientações fundamentais ao pré-natal – e 37,5 milhões de testes rápidos de gravidez serão enviados às unidades de saúde.

Saiba mais sobre o plano de enfrentamento dos casos de microcefalia no portal do Ministério da Saúde e sobre como lutar contra a dengue, zika e chikungunya.

Informações do Ministério da Saúde 

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