Observatório sobre Iniquidades em Saúde

O Observatório sobre Iniquidades em Saúde tem por objetivo o monitoramento das tendências das iniquidades em saúde no Brasil e seus determinantes, com vistas a apoiar políticas e programas desenvolvidos pelo governo e sociedade civil para combatê-las. O Observatório busca situar-se na interface entre os sistemas de informação e o processo de definição de políticas, promovendo a interação e o reforço mútuo entre eles.

Seus objetivos específicos são:

  • Monitorar as iniquidades em saúde, suas tendências e áreas para ação de políticas públicas;
  • Analisar o impacto de políticas e programas relacionados às iniquidades em saúde;
  • Promover estudos sobre iniquidades em saúde e seus determinantes;
  • Contribuir para o aperfeiçoamento dos sistemas de informação em saúde, identificando lacunas e deficiências de informação sobre iniquidades em saúde.
  • Promover a visibilidade das iniquidades em saúde, estimulando o debate sobre formas de combatê-las.

Segundo Gattini em “Implementación de observatórios nacionales de salud: enfoque operacional y recomendaciones estratégicas”, um observatório de saúde é operacionalmente entendido como “um centro nacional de base virtual, orientado para políticas, que tem o propósito de realizar observação integral e informar de maneira sistemática e contínua sobre aspectos relevantes da saúde da população e dos sistemas de saúde, para apoiar – de um modo eficaz e baseado em evidências – o desenvolvimento de políticas e planos de saúde, a tomada de decisões e de ações em saúde pública e em sistemas de saúde. O fim último é contribuir para a preservação e melhoramento da saúde da população, o que inclui a redução das desigualdades”.

A estrutura e funcionamento do Observatório sobre Iniquidades em Saúde procura aproveitar a experiência internacional registrada no relatório “Informações sobre iniquidades em saúde nos Observatórios em Saúde no mundo” elaborado por Rômulo Paes-Sousa e Guilherme Tinoco a pedido do CEPI-DSS. Neste relatório, os autores apresentam as características de 13 observatórios de diversos países do mundo, considerando aspectos como: objetivos, instituições responsáveis, principais atividades, estratégias de divulgação (incluindo seus principais produtos), indicadores utilizados, clientela, formas de organização, recursos humanos envolvidos e financiamento.

O Observatório sobre Iniquidades em Saúde tem como público-alvo preferencial os gestores dos sistemas e serviços de saúde; gestores dos demais sistemas e serviços de proteção social; acadêmicos; profissionais do terceiro setor que atuam na saúde e demais políticas de proteção social e população em geral.

Para cumprir com seus objetivos, o Observatório buscará apoiar-se em redes de colaboração com pesquisadores, gestores e profissionais de saúde. A dinâmica a ser implantada deve buscar articular produtores de conhecimento e de políticas públicas para promover a tomada de decisões baseadas em evidências.

O Observatório compreende uma estrutura em três níveis:

Num primeiro nível, situa-se a publicação de um conjunto básico de indicadores demográficos, econômicos e sociais, assim como de indicadores de situação de saúde e de serviços de atenção á saúde. Os indicadores foram selecionados tendo por base os utilizados nos observatórios estudados por Paes-Sousa e Tinoco e os recomendados por Gattini e pela CDSS da OMS, usando-se como critério de seleção aqueles que mais consistentemente revelam as iniquidades em saúde no Brasil ou o impacto de ações para combatê-las.

Vários dos indicadores são provenientes do IDB da RIPSA, adaptados, quando possível, para permitir a análise de acordo com os determinantes sociais. Como variável de estratificação da condição socioeconômica foi utilizada, sempre que possível, a escolaridade, mesmo com as limitações de disponibilidade e completude desta informação nos sistemas nacionais. Para cada indicador há uma ficha de descrição preparada por Jacques Levin e Silvia Rangel que inclui conceito, fonte, método de cálculo, categorização (níveis de desagregação), periodicidade e limitações. O Observatório publicará os dados correspondentes a cada indicador desde o ano 2000, assim como alguns gráficos básicos.

Num segundo nível, será solicitado a especialistas que façam uma análise das tendências de alguns indicadores, buscando identificar seus determinantes e os efeitos de políticas de intervenção sobre eles. Estas análises serão publicadas juntamente com infográficos, para facilitar sua compreensão por um público amplo. Análises, estudos e pesquisas em maior profundidade serão estimulados ou encomendados.

Num terceiro nível, o Observatório publicará notícias, opiniões, entrevistas e experiências relacionadas com as informações e análises por ele produzidas, com ênfase nas implicações de seus achados para as políticas de combate às iniquidades.

O usuário terá toda liberdade de descarregar as planilhas, comentar as análises publicadas pelo portal, produzir novas análises, tabelas e gráficos e submetê-las ao Portal para sua publicação.

Esperamos contar com a valiosa contribuição dos colaboradores do Portal de DSS para que o Observatório possa contribuir efetivamente para uma melhor utilização dos recursos públicos no combate às iniquidades em saúde no Brasil.

O Observatório integra o espaço de gestão de informação e intercâmbio de conhecimento em DSS já conformado pelo Portal de Determinantes Sociais da Saúde (www.dssbr.org) e pela Biblioteca Virtual em Saúde sobre DSS (www.bvsdss.icict.fiocruz.br), mantidos pelo Centro de Estudos, Políticas e Informação sobre DSS da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da FIOCRUZ (CEPI-DSS).

Para visitar o Observatório, clique aqui

Referências Bibliográficas

Gattini CH. Implementación de observatorios nacionales de salud: enfoque operacional y recomendaciones estratégicas. Santiago do Chile: Organización Panamericana de la Salud/Organización Mundial de la Salud; 2009. (Serie Técnica de Información para la Toma de Decisiones: PWR CHI/HA/02).

Paes-Sousa R, Tinoco G. Informações sobre iniquidades em saúde nos Observatórios em Saúde no mundo. [local desconhecido]:Fundação Oswaldo Cruz; 2009.

Entrevista com:

33 Comentário

  1. A iniciativa é muito bem-vinda. Quero sugerir apenas que esse Observatório faça um link com os COSSEMS em todo o Brasil porque as informações precisam ser capilarizadas para a gestão nos Estados e municípios.

  2. Por favor, poderia explicitar quais iniquidades em saúde exatamente serão “observadas”?
    Por exemplo, serão monitoradas as iniquidades étnico-raciais nos resultados da atenção da saúde enquanto indicadoras de racismo institucional?
    Ou ainda não?

    • Isabel, nosso Observatório está focado no monitoramento das tendências das iniquidades em saúde. Para isso, acompanhamos desde o ano 2000 setenta indicadores de DSS, situação de saúde e atenção à saúde. Devido às características dos sistemas de informação no Brasil, usamos a escolaridade para estratificar os diversos grupos sociais. Isso se justifica pela importância da escolaridade para a saúde, por funcionar como um proxy de renda e porque é a variável mais amplamente registrada nos diversos sistemas de informação e a mais confiável. As diferenças étnico-raciais vem sendo analisadas em diversas matérias do Portal, mas não são acompanhadas regularmente pelo Observatório pelas razões mencionadas.

      Agradecemos por sua participação,

      Equipe Editorial do Portal DSS Brasil

  3. Equipe Editorial do Portal DSS Brasil,
    no tempo em que “não haviam” dados sobre raça/cor, até que poderia ser considerado válido usar a categoria escolaridade como um proxy para uma porção de fenômenos, inclusive racismo & sexismo.
    Mas em 2014???!!! Onde a até o E-SUS inclui o quesito raça/cor, outras relativas à etnicidade e até orientação sexual!
    Que desserviço à saúde brasileira com o dinheiro público! Desta mesma sociedade que aprovou o Estatuto da Igualdade Racial e a PNSIPN.
    Por favor, corrijam-se!!!

  4. BRAZ, Rui Moreira et al . Avaliação da completude da variável raça/cor nos sistemas nacionais de informação em saúde para aferição da equidade étnico-racial em indicadores usados pelo Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde. Saúde debate, Rio de Janeiro , v. 37, n. 99, Dec. 2013 . Available from . access on 19 June 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-11042013000400002.

    “Recomenda-se monitoramento dessa variável por meio da qualificação da coleta e alimentação dos dados. É importante socializar o debate sobre equidade étnico-racial em saúde, utilizando-se o referido índice de desempenho para acompanhamento da atenção à saúde da população negra pelos governos e movimentos sociais.”

  5. Isabel, como dito anteriormente, a escolha da escolaridade como parâmetro para os indicadores se deu por conta das características do sistema de informação no Brasil. Através deste indicador alcançamos diversos grupos sociais. Pretendemos ampliar nossa base de dados e qualificá-la cada vez mais.

    A seriedade com a qual nos comprometemos com este trabalho é a mesma que mantemos em nosso cotidiano como profissionais e cidadãos que praticam o respeito para com a sociedade, entre si e para com aqueles que estão dispostos a dialogar de maneira séria e cordial diante das questões sobre as quais debatemos, estudamos e trabalhamos. Sem diálogo não há mudança e sem respeito não há diálogo. No cerne da questão séria e impreterível que é o combate às iniquidades em saúde estão, justamente, o diálogo, a participação social, a troca e o entendimento. É assim que podemos pensar juntos e colaborar com a mudança.

    Toda crítica é bem-vinda, mas consideramos infundadas as acusações que coloca em seus comentários.

    Nosso compromisso sempre foi e sempre será buscar compreender, estudar e promover análises e cooperar em propostas que tornem possível o debate dos diversos temas em torno dos DSS, ajudando a pensar a mudança de processos sociais que produzem as iniquidades em saúde.

    Respeitosamente,

    Equipe Editorial do Portal DSS Brasil

  6. Muitas formas de iniquidades em saúde entre grupos e indivíduos, ou seja, aquelas desigualdades de saúde que além de sistemáticas e relevantes são também evitáveis, injustas e desnecessárias estão presentes na ESF Águas Lindas, região metropolitana de Belém (PA). Isso pode ser exemplificado através da alta taxa de desnutrição infantil, em decorrência da precária condição socioeconômica da maioria dos moradores da comunidade que vive no entorno dessa ESF; anemia em grau elevado em adolescentes grávidas, pois muitas já apresentam um estado anêmico antes de engravidar, consequência da má alimentação que elas vivenciam em sua trajetória de vida; doenças parasitárias muito reincidentes devido ao consumo de água não tratada e falta de saneamento básico, este último item, como sabemos ocasiona muitas outras doenças.

  7. “Toda crítica é bem-vinda, mas consideramos infundadas as acusações que coloca em seus comentários.”

    Que acusações?
    Fiz perguntas para que explicitassem as iniquidades em saúde privilegiadas. Tergiversaram para não reconhecer a desconsideração com a lei 12288 (Política Nacional de Saúde Integral da População Negra).
    Referenciei autor que além da lei indica o monitoramento das iniquidades étnico-raciais em saúde (pretos, pardos, indígenas, ciganos, entre outros).
    E a resposta d@s senhor@s é sugerir que eu sou desrespeitosa?
    Desqualificação é um recurso desesperado.
    Continuo aguardando as evidências científicas que justificam a decisão de vocês.

  8. Em uma observação sobre iniquidades em saúde na população atendida por minha E.S.F e analisando problemas de saúde presentes em esta comunidade podemos determinar que existe um alto índice de gravidez na adolescência a consequência de uma alta taxa de deserção escolar ; existe também uma alta incidência de casos com anemia devido a uma má alimentação por existir uma renda perca pita baixa , entre outros problemas que existem se encontra um alto consumo de drogas que tem como causa a baixa escolaridade , a deserção escolar , um alto número de núcleos familiares disfuncional és e um alto número de desempregados. Podemos concluir que estas iniquidades são evitáveis, injustas e desnecessárias.

  9. Em minha E.S.F existem muitas formas de iniquidades em saúde entre grupos e indivíduos que são também evitáveis, injustas e desnecessárias, isso pode ser exemplificado através da alta taxa de incidência que existe em minha comunidade de parasitismo em idade pediátrica devido a uma deficiente condiciones de vida onde as pessoas não tem um abasto de agua potável adequado e uma deficiente disposição final de residual és líquidos ; existe um alto índice de mulheres grávidas que iniciam a gravidez com bajo peso a consequência de má alimentação que elas tiveram em sua vida ,também existe um alto grau de violência doméstica devido ao baixo nível de escolaridade presente em a população adulta .

  10. Observo no ESF onde trabalho inúmeras iniquidades em saúde que tem como base a baixa escolaridade, condições sanitárias precárias e dieta inadequada por conta da baixa renda. Essas três injustiças causam problemas como alto índice de gravidez na adolescência, violência doméstica, parasitismo na infância e anemias carenciais.

  11. Em meu município existem varias formas de iniquidades na atenção de saúde principalmente pelo origem dos pacientes:as pessoas que moram em outros municípios tem dificuldades para ser assistidos pelos especialistas tefeenses, as pessoas pobres não tem acesso aos serviços prestados nas clínicas privadas, os indígenas não tem condições aproadas para o traslado dos casos clínicos graves.
    Os pacientes pobres geralmente apresentam os maiores problemas porque: é mais difícil prevenir a gravidez na adolescência se não podem comprar comprimidos anticoncepcionais,se não podem ser educados corretamente pela necessidade de trabalhar cerdo para poder comer e vestir. Exemplo: em meu dia de visita domiciliar eu visitei uma família que tinha só uma escova dental para todos e muitas cáries, porque não tem condições para comprar um módulo básico para higiene pessoal, o deficit alimentário é frequente em pessoas que não podem comprar alimentos saudáveis porque são caros, as doenças psiquiátricas e a violência é mais frequente num ambiente desfavorável com problemas higiênicos e econômicos que sumam-se aos problemas normais da família.
    Outra maneira de iniquidade manifesta-se quando as pessoas com doenças neurológicas incapacitantes são discriminadas pela família e pessoas em geral sem lograr um desenvolvimento social y psicológico o mais ótimo possível.

  12. Em uma conversa sobre iniquidade em saúde na área atendida por minha estrategia de saúde da família encontramos problemas de saúde como alto índice de gravidez na adolescéncia , também alto índice de doenças transmissível por vetores como malaria,dengue entre outras por a mala higenização asi como doenças respiratórias agudas , também em crianças menores de um ano com certo grau de desnutrição por a mala alimentação e baixo perca pita podemos concluir que estas iniquidades podem ser evitaveís melhorando estilos de vida.

  13. No meu local de trabalho (ESF) a iniquidade fica muito visível nos pacientes idosos sem cuidados familiares que não conseguem tomar a medicação corretamente e apresentam menores taxas de controle de suas comorbidades crônicas (diabetes, hipertensão arterial, DPOC, insuficiência cardíaca, etc).
    Esses paciente ficam descompensados mais vezes e com isso aumenta sua mortalidade por fatores evitáveis ou controláveis.

  14. Em meu local de trabalho as iniquidades são muito visíveis. Muitos pacientes idosos com hipertensão arterial, diabetes mellitus, cardiopatias entre outras e que não tem atenção de seus familiares acabam não seguindo de forma correta seu tratamento, aumentando as complicações dessas enfermidades e consequentemente mais mortes.
    O índice de gravidez na adolescência e muito elevado consequência disso é o baixo nível de escolaridade, além disso as meninas não tem uma boa alimentação causando desnutrição.
    Partindo de que a equidade é um principio de justiça social, cujo objetivo e diminuir desigualdades pode se dizer que ainda são muitas as iniquidades por resolver em meu local de trabalho.

  15. Eirunepé. Amazonas.
    Inequidades em saúde entre grupos e indivíduos ou seja aquelas desigualdades de saúde que além de sistemáticas e relevantes são também injustos e desnecessários estão presentes na ESF, áreas rurais y urbanas .
    Isso pode ser exemplificado por mulheres compreendida entre 13 e 15 anos de idades com gravidez ,desnutrição conseguida da má alimentação etc.
    E importante debater sobre equidade em população, para ser capaz de falar que esta iniquidades são evitáveis e desnecessária

  16. Trabalho em um município carente de recursos em um bairro pobre extremamente vulnerável, se pode apreciar diversas doenças de carácter infeccioso facilmente evitáveis com simples medidas higiênicas de asseio, lavado e correta preparação dos alimentos, desnutrição infantil, DST’S, adolescentes gestantes, alcoolismo e violência domestica alem de alta incidência de depressão em adultos em idade produtiva, sendo os negros os mais vulneráveis dentro dos vulneráveis.

  17. Realizando uma avaliação do meu local de trabalho utilizando o observatório sobre iniquidades em saúde, temos em Tucuruí alguns aspectos fundamentais das condições de vida e trabalho, as condições de alimentação e nutrição, comportamentos e costumes culturais da região, padrões alimentares que determinam a situação de saúde e a alta incidência de doenças na população como são anemias, carências nutricionais em qualquer idade, sobrepeso e obesidade, hipercolesterolêmica, parasitismo intestinal, determinados pelas má estilos de vida e hábitos dietéticos na população, como o sedentarismo, não tratamento da água de consumo, ingesta de alimentos fritados, farinhas, baixa ingestão de vegetais, frutas e legumes. Tem outras doenças também muito comuns relacionadas com a maior prevalência de fumo e menor frequência de atividade física, consumo de bebidas alcoólicas, como osteoartrites e problemas músculo – esqueléticos e doenças crônicas não transmissíveis (Hipertensão arterial e Diabetes Mellitus). Nos últimos anos vemos um aumento das pessoas que procuram a atenção básica quanto tem um problema de saúde, mais continuam desigualdades importantes nos comportamentos saudáveis e os homens mostram maior frequência de hábitos não saudáveis.

  18. Após de fazer uma avaliação das iniquidades em saúde da população do ESF onde trabalho, observe que são visíveis e tem como base fatores socioeconômicos, demográficos e culturais. Existe um alto índice de doenças parasitarias em criança fundamentalmente, devido ao consumo de água não tratada e aos maus hábitos higiênicos sanitários que tem as pessoas, índice elevado de gravidez na adolescência a conseqüência da baixa escolaridade por deserção escolar e a iniciação preços da relação sexuais, alta incidência de dislipidemia e anemias cariciais devido aos maus hábitos dietéticos, a população acostumam comer alimentos ricos em gorduras, refrigerantes, salgadinhos e acompanhar as carnes com farinhas. Alta incidência de doença transmitida por vetores conseqüência de mau saneamento básico ambiental que tem muitos bairros com acumulo de lixo na rua, disposição inadequada dos residuais líquidos e terrenos baldios. Todas estas iniquidades pode ser diminuída fazendo mudança e melhorando as condições de vida dos bairros mais carentes e fomentando promoção e educação em saúde do povo.

  19. Fazendo uma avaliação das iniqüidades no posto onde trabalho, pode observar que as principais são: Alta incidência de dislipidemias devido ao consumo excessivo de alimentos com muitas gorduras, refrigerantes e farinhas, anemias carências conseqüência dos maus hábitos dietéticos, incidência elevada de gravidez na adolescência devido á baixo nível de escolaridade inicio precoce das relações sexuais e á falta de conhecimento dos métodos anticonceptivos, alta incidência de doenças transmitidas por vetores, como dengue conseqüência do mau saneamento básico ambiental que tem muitos Barrios com uma inadequada disposição final do residual líquido e sólido, Descompensação de doenças como HAS e Diabetes Mellitus a conseqüências dos maus hábitos alimentares ia toma irregular da medicação por a per capita baixa que tem muitas pessoas que em ocasiões não tem dinheiro para comprar os medicamentos, alta incidência de infecções do aparelho geniturinário devido ao baixo consumo de água, aos maus hábitos higiênicos, lavagem incorreto dos genitais e ao não uso de preservativos; Acredito que estas iniqüidades pode ser prevenidas e muitas diminuídas melhorando as condições de vida das pessoas e com muita promoção e educação em saúde.

  20. Para todos é conhecido que a saúde no município Benjamin Constant teve grandes mudanças comparado há 10 anos, mas ainda não é suficiente porque existem desigualdades entre os diferentes grupos demográficos influenciados por determinantes sociais, acrescido que o município é uma região desfavorecida do país por ser do interior do Amazonas além de ter uma estrutura geográfica desfavorável que faz com que muitas pessoas morrem em condições precárias sobretudo nas comunidades riberinhas.
    O nível de coesão social é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo, existem diferentes fatores relacionados a condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços essenciais, como saúde e educação, indicando que as pessoas em desvantagem social apresentam diferenciais de exposição e de vulnerabilidade aos riscos à saúde, como conseqüência de condições habitacionais inadequadas, exposição a condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços. Finalmente, existe último nível, onde estão situados os macrodeterminantes que possuem grande influência sobre as demais camadas e estão relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade, incluindo também determinantes supranacionais como o processo de globalização.
    Estas inequidades em saúde são produto de grandes desigualdades entre os diversos níveis sociais e econômicos da popula?ão brasileira.
    A distribui?ão da saúde e da doen?a em uma sociedade não e aleatória estando associada á posi?ão social que por sua vez define as condi?ões de vida e trabalho dos indivíduos.
    Em Benjamin Constant a principal fonte de emprego é o comércio e os servi?os seguido da agricultura onde o produto é consumido por os moradores os quais têm que mudar os estilos de vida e os hábitos alimentícios porque gostam de alimentos gordurosos e farinhas e não tem costume de comer verduras em suas comidas o que faz com que doen?as como a obesidade, hipertensão ou outras cardiopatias, anemias ou câncer. Estas fontes de emprego não satisfaze as necesidades das famílias porque os salarios são muitos baixos a maioria das pessoas que tem idade para trabalhar ficam sem emprego porque no municipio não tem para oferecer-lo pelo que a situação económica e as condições de vida das pessoas são difícil. Ás condições ambientais são desfavoráveis e insalubres a população não tem onde jogar o lixo os quais ficam na rua o que é favorecedor da proliferação do vetores e outros animais além muitas famílias não tem condições financieras para comprar agua então bebem agua não segura ou seja das torneiras ou da rede de estogamento sem fervir, tudo esto facilita a aparição de doenças transmitidas por vetores(dengue e malária) ou são afetados por diarreias e parásitos, no dia a dia sempre faço atendimento a crianças con estas doenças.
    Os ambientes de trabalho favorecem doenças sendo as mas frequêntes aquelas que causam danos na coluna porque muitas pessoas sobretudo homens trabalham fazendo força e os accidentes nos pescadores e motoristas.
    No município os serviços de saúde são acessivel pelo ussuarios, temos 5 unidades básicas de saúde e um hospital mas a resolutividade e baixa porque não tem os recursos necesarios como são exames laboratoriais, materiales além de não ter todos os especialistas que precissa-se só existe um médico cirurgião o que faz que algumas pessoas que tem condições financeiras inadequadas não podem ir a outras ciudades a receber atendimento.
    O combate ás inequidades em saúde por meio da atuação sobre os determinantes sociais que as gereram, os quais, sendo produto da ação humana, podem e devem ser modificadas pela ação humana.

  21. Cordial saludo
    Jacuizinho é um munícipio que fica ao noroeste de Rio Grande do Sul, para todos é conhecido que a saúde no município teve grandes mudanças comparado com há 10 anos, mas ainda não é suficiente porque existem desigualdades entre os diferentes grupos demográficos influenciados por as determinantes sociais. O nível de coesão social é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo, existem diferentes fatores relacionados a condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços essenciais, como saúde e educação, indicando que as pessoas em desvantagem social apresentam diferenciais de exposição e de vulnerabilidade aos riscos à saúde, como consequência de condições habitacionais inadequadas, exposição a condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços. Finalmente, existe último nível, onde estão situados os macrodeterminantes que possuem grande influência sobre as demais camadas e estão relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade, incluindo também determinantes supranacionais como o processo de globalização.
    Estas inequidades em saúde são produto de grandes desigualdades entre os diversos níveis sociais e econômicos da popula?ão brasileira.
    A distribu?ão da saúde e da doen?a em uma sociedade não e aleatória estando associada á posi?ão social que por sua vez define as condi?ões de vida e trabalho dos indivíduos. Em Jacuizinho a principal fonte de emprego é a agricultura e as micro indústrias onde o produto é consumido por os moradores os quais têm que mudar os estilos de vida e os hábitos alimentícios porque gostam de alimentos gordurosos e farinhas e não tem costume de comer verduras em suas comidas o que faz com que desenvolvam doenças como a obesidade, hipertensão ou outras cardiopatias, anemias ou câncer. Estas fontes de emprego não satisfaçam as necessidades das famílias porque os salários são muitos baixos as maiorias das pessoas que tem idade para trabalhar ficam sem emprego porque no município não tem para oferecere-lo pelo que a situação econômica e as condições de vida das pessoas são difíceis. Muitas famílias não têm condições financeiras para comprar água então bebem água não segura, ou seja, das torneiras ou da rede de estofamento sem ferver, tudo isto facilita a aparição de doenças transmitidas por vetores ou são afetados por diarreias e parasitos, no dia a dia sempre faço atendimento a crianças com estas doenças.
    Os ambientes de trabalho favorecem doenças sendo as mais frequentes aquelas que causam danos na coluna porque muitas pessoas sobretudo homens trabalham fazendo força e os acidentes nos pescadores e motoristas.
    No município os serviços de saúde são acessíveis pelos usuários, temos uma unidade básicas de saúde, mas a resolutividade e aceitável porque além de ter dificuldades ainda e não ter todos os recursos necessários, temos exames laboratoriais, materiais, especialistas, um pediatra, cardiologista, médico cirurgião o que faz que algumas microcirurgias e assim pessoas que tem condições financeiras inadequadas não podem ir a outras cidades a receber atendimento, os pacientes que precisam de consultas na atenção em outras especialidades consistem no encaminhamento para outros municípios. Muitas vezes estas consultas demoram mais de 30 dias especialidades como ORL, Dermatologia, ortopedia entre outras.
    O combate as inequidades em saúde por meio da atuação sobre os determinantes sociais que as geram, os quais, sendo produto da ação humana, podem e devem ser modificadas pela ação humana. Nossa equipe realiza um trabalho ligado com o objetivo de garantir saúde tanto ao individuo quanto às famílias com o desenvolvimento de ações de prevenção e promoção da saúde. Além dos atendimentos clínicos, também realizamos ações de educação em saúde, visitas domiciliares a grupos de risco para avaliar suas condições de vida e seu estado de saúde.

  22. Eu trabalho no municipio de Curralinho, estado Pará, onde também veio que existem muitas inequidades em saúde, como por exemplo: a populaçao em sua maioria é de baixa renda, não tem acesso a fonte de empregos, pelo grande número de desempregados, sobre todo os jovens; além de ter baixa ecolaridade de forma geral. Também é notável o alto índice de adolescentes grávidas, com anemia, infecçao urinária; a populaçao nao tem agua potável, a cidade não tem esgotos para a coleçao de resíduos líquidos, tem presença de lixo na rua, gerando doenças parasitárias, dirréicas. Além disso a grande maioria não tem acesso a uma alimentaçao saudável, então preferem consumir comidas gordurosas e salgada, acarretando doenças como: hipertensao arterial, hipercolesterolemia, entre outras.

  23. Sou médico de um equipe de saúde da família da UBS Padre Teodoro do município de Envira, último do estado Amazonas. Nossa população enfrenta muitas desigualdades internas dentro da população, entre área urbana e rural, comunidades indígenas e riberinhas. Estas iniquidades sabemos são resultantes dos determinantes sociais: as condições socioeconômicas, emprego, educação, abastecimento de água, habitação, entre outras. Apesar dos esforços para minimizar essas desigualdades o desafio é grande, nosso município tem 50% de desempregados a maioria da população possui um baixo nível de escolaridade, muitas famílias passam necessidades e não possuem uma moradia adequada, observa-se também um alto índice de enfermidades crônicas, entre outros. O importante é trabalhar visando sanar essas desigualdades dos grupos mais vulneráveis.

  24. Eu trabalho em Envira município do Amazonas, as desigualdades estão presentes em nosso local de trabalho diariamente. Nosso município tem atualmente uma população de 19143 habitantes, a taxa de urbanização é alta 64,3%, essa parte da população tem maior acesso aos serviços de saúde, pois estão na cidade e são atendidos com mais facilidade, já as pessoas que moram na área rural necessitam de transporte para chegar a UBS e é nessa área onde estão os pacientes mais carentes de recursos, algumas pessoas possuem motos, outras usam cavalos como meio de transporte, porém outros tem que andar a pé 2-3 horas para chegar a um local para conseguir um atendimento, por estas razões esses pacientes necessitam de um tratamento diferenciado onde se observe as peculiaridades da zona rural. Se abordamos por exemplo a saúde da mulher, as mulheres que moram na área rural geralmente são mais carentes de recursos, suas casas muitas vezes são precárias e outro fator é o baixo nível de escolaridade, elas acabam não tendo conhecimento sobre promoção e prevenção das doenças, muitas não conseguem ter sua autonomia financeira ficando muitas vezes dependentes e submissas da figura do esposo, observa-se também um número de gravidez elevado, gravidez na adolescência e outro problema, doenças sexuais transmissíveis e complicações na gravidez também são recorrentes. Por isso é importante estabelecer intervenções com apoio da população e principalmente do Estado para minimizar essas iniquidades.

  25. Eu trabalho no município de Envira na UBS Padre Teodoro como médica de uma equipe de saúde onde existem muitas iniquidades em saúde, pelas desigualdades das populações presentes. Temos áreas indígenas, ribeirinhas, urbana e rural. Em geral as pessoas que moram na área rural tem menor nível de escolaridade sendo isto uma barreira na interpretação das orientações médicas, existem mais analfabetos na área rural que na área urbana e destes a maioria são os homens. Temos uma alta porcentagem de desempregados e as condições de alimentação, habitação não são adequadas e nesse grupo predominam as carências nutricionais. Atualmente o município tem uma população de 19143 habitantes predominando as mulheres (10021), desenvolver intervenções comunitárias para promover a saúde da mulher onde a atenção pré-natal e o programa de prevenção de câncer de mama e uterino constituem ações diárias de saúde.
    Em relação a saúde infantil se trabalha a puericultura, se realizam visitas domiciliares e também um tratamento diferenciado para os grupos mais vulneráveis como: crianças com baixo nível perca pita familiar, pessoas com doenças crônicas e com incapacidades, onde a equipe de saúde da família junto com os assistentes sociais atendem os casos que precisam de apoio social e são incluídos no programa bolsa da família para minimizar os efeitos da iniquidade e diminuir desta maneira a pobreza. Em relação as doenças crônicas predominam a Hipertensão arterial, Dislipidemias e Diabetes Mellitus, isto ocorre por hábitos e estilos de vida inadequados presentes na população onde o consumo de alimentos gordurosos, sedentarismo, o alcoolismo e o tabagismo são os mais frequentes. Em relação a mortalidade em homens, as causas mais frequentes são o câncer de pulmão e agressão por objetos penetrantes e na mulher as doenças cardiovasculares. Trabalhamos com os fatores sociais, comportamentais, psicológicos para brindar saúde com integralidade e com apoio das redes sociais e o Estado com o objetivo principal que é minimizar as desigualdades, visando para a população uma melhor: moradia, educação, alimentação, renda, emprego, saneamento básico que influenciam sobre o estado de saúde de uma população.

  26. Eu trabalho no município São Paulo de Olivença no Amazonas, as iniquidades existentes na minha unidade de trabalho são mais pela falta de conhecimento da população para prevenir as doenças e outros fatores como: a falta de conhecimento dos fatores de risco de uma gravidez na adolescência, gravidez em mulheres com doenças crônicas, falta de um planejamento familiar, entre outros.
    A maioria das pessoas buscam um atendimento curativo e não preventivo e as doenças estão relacionadas com fatores sociais, econômicos e culturais.
    Existem muitas pessoas com diabetes, hipertensão, parasitismo, adolescentes grávidas.
    É urgente garantir para a população conhecimento sobre a prevenção destas doenças e agravos, pois assim poderíamos alcançar um estado de bem estar físico e mental.

  27. Trabalho no município São Paulo de Olivença, estado do Amazonas. Nesta comunidade existem muitas iniquidades em saúde, principalmente devido ao baixo nível de escolaridade da população, temos muitas adolescentes grávidas, pessoas obesas por maus hábitos alimentários, muito lixo e cachorros na rua, agravando ainda mais a situação de saúde do município, também existe uma alta prevalência de doenças crônicas com fatores de risco que poderiam ser evitadas, ainda temos muito que trabalhar com a população a fim de conscientizá-los.

  28. Trabalho na comunidade de Benjamin Constant, município do interior do Amazonas. O município tem um alto índice de pobreza e a região não é muito favorecida pelo governo.
    Grande parte da população vivem em condições ambientais desfavorável e insalubre a rede de abastecimento de água e de esgoto não são suficientes para todo o povoado, favorecendo o aparecimento de enfermidades diarreicas, parasitárias, virais como hepatites, enfermidades de transmissão pelo vetores como dengue, malária e leptospiroses.
    No município existe um elevado índice de desemprego a maior fonte de trabalho é o comércio, agricultura e a pesca esses últimos acabam não garantindo as necessidade das famílias, pois os salários são baixos, acarretando como consequência importantes problemas sociais e econômicos.
    Existem grandes cargas de enfermidades profissionais relacionadas ao trabalho: o alto nível de exposição aos perigos químicos, o uso excessivo da for?a e de trabalhos repetitivos, exposição ao stress e fatores psicossociais, causando sofrimento e incapacidade temporária e também de longo prazo.
    O baixo nível econômico leva também a uma inadequada alimentação, influindo também a idiossincrasia da população que geralmente não conseguem se alimentar sem farinhas e outras comidas gordurosas que acabam afetando a saúde e provocando o aparecimento de doenças como obesidade Diabetes Mellitus, HTA, metabolismo dos lipídeos, sobrepeso, doenças cardiovasculares, entre outras, produzindo um aumento dos fatores de riscos na população.
    Os serviços de saúde possuem a capacidade de diminuir a exposição aos fatores de risco para a saúde de indivíduos e grupos, assim como a vulnerabilidade e, principalmente, as consequências da exposição a esses fatores de risco. O acesso equitativo aos serviços de saúde é, portanto, de grande importância para diminuir os diferenciais observados em relação a estes aspectos.

  29. Trabalho em Acará município do estado Pará, existem algumas diferenças entre as cidades, as comunidades rurais tem um atendimento melhor que a cidade de Acará. A população rural do município está coberta por 6 ESF com médicos, inseridas no programas Mais Médicos, além disso existem 7 postos de saúde sem médicos, já na cidade de Acará só existem 2 ESF com médico para o atendimento de cerca de 12000 pessoas, sendo insuficiente e muitos desses pacientes necessitam de um hospital para o atendimento, com isso não se cumpre o objetivo primeiro da APS, ser a porta de entrada do sistema de saúde.

  30. Eu trabalho no município de São Paulo De Olivença, no interior do estado Amazonas. Em nosso município existem muitas iniquidades em saúde, infelizmente o índice de escolaridade da população e baixo e as condições sanitárias são péssimas, a maior parte da população reside na zona rural e assim como na cidade muitas são as iniquidades. Os péssimos hábitos alimentários da população é algo que necessita de atenção, além disso, temos um alto índice de adolescentes grávidas na comunidade.
    Outro ponto preocupante são os vetores que trazem muitos problemas e acaba piorando a situação de saúde da comunidade.

  31. Atualmente trabalho em um ESF do município de Arvorezinha no estado do Rio Grande do Sul. A população do município, de uma maneira geral, apresenta um nível socioeconômico muito bom. Em nosso ESF atendemos boa parte da população, tanto os que possuem um bom poder aquisitivo quanto os que não possuem. Todos tem acesso às nossas unidades de saúde. Entretanto, podemos perceber algumas diferenças nos tipos de doenças diagnosticadas nesses grupos. Doenças infectocontagiosas, pulmonares crônicas como a DPOC, alcoolismo e tabagismo, são predominantes na população com renda mais baixa. Dislipidemias, obesidade, asma, alergias em geral, HAS e DM (com bom controle) encontramos na população com renda familiar mais alta.

    • Prezada Ana Caroline, agradecemos sua participação e interesse.
      Atenciosamente,
      Equipe Editorial do Portal DSS Brasil

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