Um estudo apresentado como dissertação de mestrado no Programa de Pós Graduação em Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Unifesp mostrou que a maioria dos adolescentes infectados com HIV e carga viral detectável (que aumenta o risco de transmissão) mantêm relações sexuais desprotegidas (65% para o sexo oral, 63% sexo vaginal e 68,4% sexo anal).
O enfermeiro e autor da pesquisa, Alexandre Lelis Braga, colaborador do Centro de Atendimento da Disciplina de Infectologia Pediátrica (CEADIPe/ Unifesp), avaliou a sexualidade e o planejamento reprodutivo de 93 adolescentes infectados pelo vírus da aids por transmissão vertical (de mãe para filho no útero ou no parto).
Em matéria sobre o estudo, o jornal Diário do Nordeste (21/3) revelou que além do baixo uso da camisinha por parte desses jovens, há ainda um conhecimento limitado sobre medidas profiláticas para não infectar o parceiro ou o embrião, em caso de uma gravidez. Para o autor do estudo, os jovens não se opõem ao uso da camisinha, mas têm pouco poder de negociação com os parceiros. “O adolescente que vive com HIV/Aids não tem, muitas vezes, habilidade suficiente para negociar o seu uso com o parceiro sexual. Insistir, para eles, pode acabar levantando suspeitas sobre a sua infecção”, explicou o pesquisador.
Fonte: Adolescentes com HIV não sabem negociar uso de preservativo. [periódico na internet]. 2018 [acesso em 20 abr 2018];187:6. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/sites/default/files/radis187_web.pdf
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