Apenas nove capitais brasileiras atendem 99% da população com acesso à água potável, aponta Ranking do Saneamento

No Dia Mundial da Água, ainda há capitais no Norte do país que atendem menos de 55% da população com acesso à água

No dia 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água, data instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de reforçar os debates em torno do recurso tão essencial para a vida. Infelizmente no Brasil, o acesso à água potável ainda não é uma realidade para muitos brasileiros e brasileiras. São mais de 32 milhões de habitantes que não têm acesso ao recurso hídrico.

Segundo informações presentes no Ranking do Saneamento 2024, estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, das 27 capitais brasileiras, somente nove possuem ao menos 99% de abastecimento total de água. Apesar da  média do indicador seja de 95,68%, a situação no país é bastante heterogênea, uma vez que há capitais no Norte do país com indicadores próximos ou abaixo de 50%, como Macapá (AP) com 54,38%, Rio Branco (AC) com 53,50%, e Porto Velho (RO), com 41,79%.

O panorama de perdas de água também liga um alerta para as capitais brasileiras. Somente duas, Goiânia (GO) e Campo Grande (MS), apresentaram índices menores que 25%, com 17,27% e 19,80%, respectivamente. Entre as capitais, a média é de 41,38% em perdas – porcentagem maior que a média nacional de 37,8%. A ineficiência em controlar as perdas de água nos sistemas de distribuição traz impactos negativos ao meio ambiente, à receita e aos custos de produção das empresas e, principalmente,  afeta o abastecimento para todos os habitantes da localidade.

Para que o acesso à água seja uma realidade a toda população brasileira é imprescindível o fomento do investimento na infraestrutura de saneamento e políticas públicas voltadas aos serviços básicos. Afinal,  todas as localidades do país têm como meta estabelecida pelo Marco Legal do Saneamento atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033. Para além, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) através da Portaria 490/2021, também estabeleceu que, até 2034, o país deverá alcançar os padrões de excelência nos índices de perdas, isto é, 25% em perdas na distribuição (IN049) e 216 L/ligação/dia em perdas volumétricas (IN051).

 

Por Instituto Trata Brasil

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