Sabidamente, a educação é a principal força motriz para a redução das desigualdades, uma vez que promove o acesso à informação, emprego e renda. Os apontamentos divulgados ontem pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), no Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, estudo realizado em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), mostram que é o investimento neste campo, o caminho para maior promoção do acesso e da equidade. A entidade mostrou que em 16 regiões metropolitanas do Brasil a desigualdade foi reduzida. Foram avaliados dados sobre educação, longevidade e renda, baseados no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em todas houve avanços nos índices de educação. Já no que se refere à longevidade, há cerca de 12 anos de diferença entre as Regiões Metropolitanas.
A pesquisa baseou-se em dados de 9.825 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), como são chamadas as áreas analisadas e atribui índices que vão de 0 à 1, para classificar a nota obtida por cada área das regiões estudadas. As informações dão conta da redução das desigualdades entre os anos de 2000 e 2010. A pesquisa revelou que, todas as regiões metropolitanas pesquisadas estão em um IDH acima de 0,700. As áreas pesquisadas estão localizadas em: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo e Vitória.
São Luiz, capital maranhense, destacou-se com o melhor índice de educação, 0,737. No entanto, no quadro geral, com a junção dos três indicadores, é São Paulo a área que lidera o ranking positivo. No Rio de Janeiro, a distância entre as áreas com a melhor e o com a pior colocação, declinou de 0,461 para 0,371, no índice de IDHM.
Manaus apresenta o menor IDHM entre as Regiões Metropolitanas que integram a análise. É destacado pelos pesquisadores, no entanto, que mesmo nas regiões metropolitanas mais carentes, como Manaus e Belém, há “bolsões” com muito alto desenvolvimento humano.
Mesmo com o avanço de modo geral entre as áreas estudadas, a progressão entre elas é díspar. As regiões que mostravam menores indicadores tiveram um ritmo de crescimento mais acelerado que aquelas já estabelecidas em patamares mais altos de desenvolvimento humano.
Confira os apontamentos do estudo divulgados pela PNUD.
Referência Bibliográfica
Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. Brasília: PNUD, Ipea, FJP; 2014. [acesso em 25 nov 2014]. Disponível em: http://www.pnud.org.br/arquivos/AtlasdoDesenvolvimentoHumanonasRegi%C3%B5esMetropolitanas.pdf
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