Foi divulgada no encerramento da Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde, no Forte de Copacabana, a Declaração do Rio. O documento, disponível neste portal, destaca cinco áreas de ação. Alexandre Padilha, ministro da Saúde, esteve presente e falou durante a apresentação do texto.
Maria Guzenina Richardson, vice-presidente da Conferência, também comentou o documento. “O tópico da Conferência é muito rico para todos os países do mundo. E enfrentamos os mesmos desafios em todo o planeta. Saúde e outros problemas estão ligados aos Determinantes Sociais. Sempre que esse número de pessoas tão determinado se reúne, há esperança”, destacou.
“O acesso à saúde é também um tema de relevância no contexto de desenvolvimento sustentável. Tema em questão na Rio +20. A conferência que encerramos hoje é um importante passo no caminho da Rio +20”, lembrou o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. Ele agradeceu ao coordenador geral do Pro-Isags e ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pelo empenho em sua gestão à frente do Ministério, à Paulo Buss, Diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (CRIS), e aos representantes de ONGs presentes pelo comprometimento e participação diante das propostas da CMDSS.
Patriota encerrou seu discurso com a frase: Todos pela equidade. Equidade para todos.
Acesse aqui da Declaração Política do Rio sobre os Determinantes Sociais da Saúde.
Referência Bibliográfica
WHO-World Health Organization. Rio Political Declaration on Social Determinants of Health. Rio de Janeiro: WHO; 2011.
WHO-World Health Organization. Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde. Rio de Janeiro: WHO; 2011.
WHO-World Health Organization. Declaración política de Río sobre determinantes sociales de la salud. Rio de Janeiro: WHO; 2011
Entrevista com:
Considero a busca pela equidade um ponto relevante para redução das desigualdades sociais em todo o planeta.
A Declaração do Rio será um marco importante no redirecionamento de prioridades da saúde pública no mundo. É uma oportunidade ímpar de buscarmos bem-estar social para os povos através de uma ação coordenada. Aqui no Brasil, o papel de cada Estado, cada município é assumir estas diretrizes e incorporar as mesmas no planejamento regional e local.Parabéns ao Governo Brasileiro e à OMS pelo evento!
Durante a Conferência Mundial sobre DSS e suas discussões, vivemos um momento histórico da maior importância para a Saúde. Parabéns à OMS e seus países membros por porem estas questões em destaque em suas agendas.
A Declaração do Rio entra no rol das grandes referências em saúde, junto com as Declarações de Alma-Ata ’78 e Ottawa ’86.
Equidade em relação a quê? Ricos e pobres? Pode ser.
Mas, mesmo desenvolvimento social não impede a continuidade de estruturas racistas e sexistas, assim como de outras formas de discriminação e opressão.
Chegamos ao século 21 com uma declaração que acentua o que pretende resolver: os determinantes sociais da “doença.”
E preciso que os movimento sociais e lideranças, em especial o movimento negro e feminista, leiam as entrelinhas da Carta do Rio, e acordem para os mecanismos a que estão sujeitos para manutenção das discriminações institucionais: cooptação e tokenismo. Autonomia e independência devem ser mantras para poder se conquistar equidade étnica e de gênero verdadeiramente.
Esse evento foi algo muito importante para todos e todas que participaram e para o mundo!
Evento necessário e sério!
Parabéns!!!!