Monitorando o progresso: Mensuração e análise da informação sobre políticas e Determinantes Sociais

Tenda no Forte de Copacabana, onde aconteceu a CMDSS/ Foto: Paulo Cartolano

Em um importante debate, promovido na manhã do segundo dia da Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde, a mesa coordenada por Michael Marmot, discutiu o tema “Monitorando o progresso: medição e análise para apoiar políticas sobre os DSS”.

Marmot lembrou que precisamos compreender o que está acontecendo a nossa volta com a distribuição da riqueza e questionou: A saúde se distribui de que forma entre as pessoas?

Em sua apresentação Hoda Rashad enfatizou a importância da medição e monitoramento: “A justiça social é questão moral. A medição e monitoramento são essenciais para combater as injustiças sociais”.

Segundo Maria Guzenina-Richardson, vice-presidente da Conferência e ministra da Saúde e Serviços Sociais da Finlândia, no país, a busca dos dados é fundamental para monitoramento das informações de saúde pelo ministério e consequentemente, auxilia na tomada de decisões. “O programa nacional de saúde tem alvo na redução das desigualdades em saúde. Municípios são autônomos e poderosos no que tange as ações e serviços de saúde e na implementação de políticas no setor. Relatórios são realizados periodicamente e sistematicamente no nível local”, citou ela.

No Marrocos, de acordo com Rahhal El Makkaoul, as medidas e monitoramento são importantes, mas a política é mais importante porque decide alocação de recursos e prioridades na saúde. O governo é responsável por políticas e há compromisso político de alto nível para capacitação da população e envolvimento da mesma. “Mulheres evoluíram com código da família, com igualdade entre gêneros, com fim da poligamia. A iniciativa para reduzir as desigualdades, com governança e participação social na tomada de decisões é conseguida pelo compartilhamento de informações. Um exemplo é a expressiva queda da mortalidade materna”, situou.

Já para Carmen Heras, na Espanha, o esforço para equacionar as desigualdades em saúde se deu a partir de 2006, com a criação de uma comissão de estudo de desigualdades.“A criação de um grupo de saúde com participação social para conhecer a situação de saúde resultou em estudo que reportou e quantificou condições de saúde desagregadas por estratos sociais”, disse ela.

Papaarangi Reid relatou a experiência da Nova Zelândia, que trabalhou especificamente com uma nova legislação para reduzir desigualdades, com análise continua de dados e estabelecimento de prioridades pelo Ministério da Saúde. A agenda incluiu parcerias com academia e outros atores da sociedade civil.

Entrevista com:

1 Comentário

  1. É importantissímo o monitoramento bem feito pelas três esferas de governo Federal Estadual e Municipal, esta última principalmente em gestão plena o monitoramento de vagas tem que funcionar bem, uma vez que na contratualização os hospitais conveniados disponibilizam conforme CNES suas vagas para o monitoramento, isso nã ocorre porque:
    1. O médico se acha dono dos leitos e so interna com ordem do mesmo.
    2. O Municipio (pleno) não fiscaliza como tem que fiscalizar
    3. Idem o Estado
    4. O Governo Federal diz que tem que atender 60% ao Sus, mais também não fiscaliza nada.
    5. O Sistema de Saúde-Sus é o melho sistema do mundo não funciona porque não segue sua celula matre: Universalide, Equidade e Integralidade ( os médicos não querem entender isso)
    O paciente entra, e só sai do Sistema Sus apto para o trabalho ou para o seio de seus familiares?

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